Simbolo é o que une, o que está submetido a um paradigma, a uma ordem. Diabolo o que desagrega essa ordem, o que exorbita e se mascara no excesso caótico. Tanto se pode associar à hübris do homem desmedido e que se desumaniza, como aos monstros que transbordam os limites do real ou aos simulacros que institucionalizam falsidades com mais peso do que a própria realidade.
Neste curso seguiremos, ao longo dos tempos e em várias formas de manifestações artísticas (pintura, gravura, arquitectura, cinema, instalações), o trânsito desta desorbitação das criaturas, dos homens, dos sonhos e pesadelos: mutações fantásticas, utopias de eficiência e progresso e seus reversos distópicos, ficções literárias e projectos políticos paralelos, ídolos fantasmáticos de realidades virtuais que também cracham.
1ª SESSÃO
Caos/Ordem
“O Eu é um Oceano sem margens. Olhando por cima não tem início nem fim, neste ou no outro mundo”
Ibn al’Arabi (1165 – 1240)
Caos– o poder de afirmar séries heterogéneas
2ª SESSÃO
Bovarismo – delírio de tornar-se outro
«Pelos vistos, para seres quem és, a única possibilidade que te resta é a de que pareças ser outro».
José Saramago, O Homem Duplicado
Lavoira dos cães em dia de S. Bartolomeu (que teve o diabo na mão)
3ª SESSÃO
A simetria
A Ordem
A coreografia
O corpo-máquina
As margens – os desalojados
Os arredores
Marcas de gente
Área sem significação
Organizações de materiais simples
Pilhas; filas; direcções; escavar; dividir, encurvar
Willy Orskov, Terreno Vago
Mas também… a entropia- o caos criativo o vernáculo que renasce num lugar (qualquer?)
4ª SESSÃO
Tecnologia e sexualidade.
O insano como forma viral e vital